quarta-feira, 15 de setembro de 2010

“Caminante, se hace camino al andar...”

O universo do ciberespaço não cessa de tencionar as posturas tradicionais, desacomodando e provocando novas formas de compreensão do mundo. "Novas formas" são ajustadas em meio a um movimento contínuo de mudança. Não é nenhuma novidade que os modelos pretensamente prontos e absolutos já se mostraram insuficientes e esgotados. A poesia e a literatura já nos possibilitaram essa observação, com diversos pensadores, poetas e transgressores, sobretudo, com a referência à Antônio Machado quando menciona:




"Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar".


 
É isso o que o ciberespaço nos sugere quando nos coloca diante do novo. É através desse espaço de interação virtual, ou melhor, através das redes constituídas na Internet que chegamos à inovadora relação entre poesia e ciberespaço. Este casamento, através do site www.albumpalavra.com.br nos possibilita poeticamente a construção de um caminho espontâneo, que pode nos ajudar a ensaiar a reflexão sobre a complexidade, onde em cada passo a decisão e a renúncia podem abrir uma nova perspectiva de construção.

Essa reconstrução do sentido pode servir de reflexão para compreendermos o Direito diante das inovações. Uma reflexão necessária para revisarmos a dogmática diante do contexto permanentemente forjado pelo ciberespaço. A reconstrução do sentido jurídico significa a tradução de uma complexidade que passa necessariamente pela autoreferência do Direito, em um movimento virtuoso de adaptação ao universo virtual. (Esta postagem também consta no blog - http://spacejuris.blogspot.com/).

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