Como um observador interessado por fenômenos sociais contemporâneos, me chamou a atenção, nos últimos dias, o grande número de convites para participara de redes sociais. Até então eu estava relutando em aderir a mais de um desses espaços virtuais, por estar ciente da demanda constante de atualizações trazida pela velocidade das comunicações. Contudo, independente de qualquer pretensão de controle sobre as comunicações, no âmbito da cibercultura, as ressonâncias são incontroláveis. Nesse sentido, os convites, ou melhor, as múltiplas possibilidades de conexões, parecem transportar silenciosamente uma implícita ameaça à exclusão, como se o destinatário estivesse sento incluído obrigatoriamente no ciberespaço, sob pena de, não alcançando a respectiva adaptação/adesão, ser excluído de um universo interconectado pela comunicação. Com isso emerge o compromisso e a necessidade da inclusão. Falo de um fenômeno que se inscreve no dia-a-dia, forjando os contextos contemporâneos. Sendo assim, a minha decisão por aceitar tais convites e estabelecer inúmeras possibilidades de conexões, foi uma decisão pela inclusão. Em tempos de globalização e ciberespaço, essa é uma forma de fugir da castração que pode resultar da inércia. Isso inevitavelmente nos empurra para o risco de enfrentar o desconhecido, aceitando tudo que é imprevisível, incerto e inédito. Ou se decide por considerar e enfrentar a complexidade, procura compreendê-la e mover-se nela, ou se pode decidir por vive no mundo do pirilim-pim-pim, e assumir e as respectivas conseqüências. Trata-se de uma reflexão que creio ser interessante ser compartilhada.

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